Quebrou-se a sequência à nona jornada. O campeão não venceu, repartiu pontos a contragosto, permanecendo invicto e a uma ampla margem de segurança sobre a concorrência, invulgarmente distante, condição que retira parte da carga negativa ao empate, obviamente castigador, mas despido de conotação melodramática.
Sete minutos foi tempo bastante para os primeiros ensaios e fórmulas iniciais de aproximação ao golo cederem lugar a ameaças efectivas, sinais de perigo real e de vantagem iminente. Quaresma levou a bola à trave num cruzamento fingido, que assumiria a forma de remate a meio do percurso. Mais cinco minutos, e o Dragão, privado de Bosingwa, lesionado, ficava sem Lucho, pelo mesmo motivo
Sem dois dos seus elementos mais influentes, o F.C. Porto confirmava o prenúncio de Quaresma num remate cruzado de Hélder Postiga, que deixava o campeão na frente e despertava o contra-ataque do Belenenses, abrindo espaço a um período inédito de relativo equilíbrio, hiato em que Dragão e opositor se dedicaram a um peculiar braço-de-ferro, que aproximava mais o encontro do 2-0 do que propriamente do empate.
Aconteceu o segundo, que, não sendo obra do acaso, não traduzia, em rigor, tudo quando se desenrolava no relvado. Menos ainda, após a reacção portista, que devolveria o encontro à sua forma inicial, agora acrescida de uma supremacia mais óbvia do líder, que entregava o Belenenses à área de Costinha, onde a vitória parecia pronta a nascer a cada investida.
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